A inclusão digital, em um sentido mais amplo, se
refere à democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma
a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. Segundo
Filho (2008), a inclusão acontece quando baseada em três pilares:
tecnologias da informação, renda e educação. A análise do presente
trabalho se concentra no aspecto da educação tecnológica, sendo esta um
componente essencial da inclusão digital. No entanto, essa análise se
estenderá também à educação tecnológica em um sentido que transcende à
mera alfabetização de analfabetos digitais, se ocupando também da
educação tecnológica de nível técnico e superior.
Conclusão
Teixeira
e Buglione (2008) alertam que “um ‘futuro pós-humano’ de integração
tecnológica não vai atingir a todos. Não podemos todos viver o american way of life – é impossível, do ponto de vista da sustentabilidade”.
A
educação tecnológica, portanto, se configura como uma educação
extremamente limitada, e na maioria das vezes, insuficiente, como fator
de transformação social. Há muita expectativa de que a educação
tecnológica possa causar transformações sociais que melhorem a vida do
homem de forma qualitativa, mas essa esperança, como vimos, estende suas
raízes desde a Modernidade e o Iluminismo, e é cada vez menor o número
de pessoas que depositam nela a sua fé. Uma educação transformadora deve
passar não apenas pelo conhecimento produtivo e tecnológico, pois este,
por si só, se torna um instrumento de alienação e adestramento. Ela
deve se articular imprescindivelmente com outras formas de conhecimento,
como o saber prático (ética e política) e o saber metafísico e
filosófico.
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